Tiveste tanto e tão pouco
Não bloqueias
Prossegues
Caminhas pelas ruas não evitas os nós
Tentas desfazê-los
Olha-os de frente, lembrando o teu passado
Tentas tudo isso sozinho, mas não vives na solidão
Perdoas-te
Tu que não perdoas ninguém
Porque não te achas um ser superior para perdoar
Mas perdoas-te porque és um ser superior para ti
Dás nós novos
Cultivas novos laços
Sem procurar uma companhia
Sem pressas de ouvires uma voz que responda ao que perguntaste antes
Porque agora já não chamas e nem queres ouvir
Não tentas
Ficas no teu lugar
Vives a tua vida sozinho, mas sem solidão
Andas pelas ruas e não tens medo dos novos nós que dás
Não vives com receio ou em tempo de espera
E só depois de perceber isso é que prossegues sem precipitações
Valorizando o silêncio da tua vida de sozinho
Segues os teus instintos, sem pressas
A vida agitada está aí fora
Mas consegues contornar a pressa
Porque sabes (ah! se sabes) que a pressa é inimiga da perfeição.
Texto: Maurinho
1 comment:
bonito e poéticamente prático. adorei.
bjosss...
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