Tento escrever, uma palavra que seja...
Nada sai.
Sentimentos confusos me assombram...
Brincando dentro de mim.
O cérebro me trai,
O corpo se abstrai,
O peso do pensamento cai.
O coração, esse nem se sente,
De tão confuso, isolou-se,
Ignorou-me,
Vulgarizou-me.
Induzindo-me a uma luta sem fim...
A eterna luta para entender o incompreensível.
O desespero toma conta de mim.
Em pânico, grito por socorro.
Ninguém me acode...
Nem mesmo o sacerdote.
Estou a deriva,
Sem eira, nem beira.
Navegando por águas turvas,
Meu corpo se sentia.
Sem abrigo, os pontos cardeais busquei,
Mas deles, nada encontrei.
A deriva permaneci,
Naquela turvidão sentimental.
Por um sono silencioso,
Chegado sem avisar,
Fui temporariamente salva.
Consciente de um acordar,
Não menos turbulento,
Deixei-me levar por aquele bendito sono.
O que fazer, também não sei...
A única coisa que sei,
É que nada sei.
[18.09.2008]
1 comment:
Isso já é saber muito :D
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