Tuesday, 25 November 2008

Desespero da Liberdade

Caminhando pela rua

Com rumo definido

E sem vontade de la parar

Ele debatia-se

Com a sua terrível vontade

Vontade de nada fazer

Mas o dever de tudo fazer

O chama a razão

Naquele pensar

Naquele debate mental

Continuou o caminhar

Distraído nas montras do mundo

Nos ares respirados por todos

E nos falares das ruas

E nos olhares cruzados

No desespero de muitos

Na paixão de poucos

Na frustração da maioria

Seu desejo viu partilhado por muitos

E sentiu-se realizado

Sentiu-se identificado naqueles seres surumbáticos

Num momento repente, cruzou a primeira porta

E la estava ela, linda, reluzente e de sorriso rasgado...

Pronta e pacientemente esperando para o inicio da cerimonia de seu casamento.


[25.11.2008]



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