Sentada no café
Secando na espera
A cidade observada, as pessoas olhava
Um olhar analista, inquiridor e sempre surpreso
Muitas pessoas vindo dos seus trabalhos, da escola
Indo para a escola, para casa e alguns para os seus trabalhos da noite...
Cada uma preocupada consigo mesma, com o seu umbigo
No seu atraso pensavam, e pelo dia do magro salário choravam
A cidade [pouco] suja vivam, crescendo em marginalidade
A poluição em formato novo não sentiam, enganavam-se com o novo formato
Um formato enganador, bonito até, mas num formato não tão novo,
Um formato velho, actualmente evoluído: o ar
Os passeios repletos de pequenas bancas: de roupas e flores,
Misturando hortaliças com cigarros
A vergonha tomou conta de mim
Refilava eu com o atraso da bica e da sandes
Enquanto olhava o alucinante aumento dos “malucos”
Dos marginais intelectualizados e dos bebedores oficiais de bicas
É uma cidade completa, é uma cidade que conecta
Conecta mundos e pessoas, Ideias e saberes
Mistura poluição com reabilitação
E construção com corrupção
Mas quem são os corruptos???
Somos todos... Fazemos todos parte, nalgum momento
É triste constatação, é a voz da razão
Foi nessa contratação que assumimos a postura resoluta
De um dia fazer a revolução
A tão falada revolução cultural,
A revolução das mentes
Sobre essa revolução divaguei
E beberiquei a minha bica
Esqueci a cidade, esqueci a sua identidade
Mente frente mente, fiquei
E nela naveguei
E hoje, ainda penso na revolução
Esperando pelo dia da sua explosão.
[30.09.2008]
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