Tuesday 28 October 2008

Revolucionando a Cidade

Sentada no café

Secando na espera

A cidade observada, as pessoas olhava

Um olhar analista, inquiridor e sempre surpreso

Muitas pessoas vindo dos seus trabalhos, da escola

Indo para a escola, para casa e alguns para os seus trabalhos da noite...

Cada uma preocupada consigo mesma, com o seu umbigo

No seu atraso pensavam, e pelo dia do magro salário choravam

A cidade [pouco] suja vivam, crescendo em marginalidade

A poluição em formato novo não sentiam, enganavam-se com o novo formato

Um formato enganador, bonito até, mas num formato não tão novo,

Um formato velho, actualmente evoluído: o ar

Os passeios repletos de pequenas bancas: de roupas e flores,

Misturando hortaliças com cigarros

A vergonha tomou conta de mim

Refilava eu com o atraso da bica e da sandes

Enquanto olhava o alucinante aumento dos “malucos”

Dos marginais intelectualizados e dos bebedores oficiais de bicas

É uma cidade completa, é uma cidade que conecta

Conecta mundos e pessoas, Ideias e saberes

Mistura poluição com reabilitação

E construção com corrupção

Mas quem são os corruptos???

Somos todos... Fazemos todos parte, nalgum momento

É triste constatação, é a voz da razão

Foi nessa contratação que assumimos a postura resoluta

De um dia fazer a revolução

A tão falada revolução cultural,

A revolução das mentes

Sobre essa revolução divaguei

E beberiquei a minha bica

Esqueci a cidade, esqueci a sua identidade

Mente frente mente, fiquei

E nela naveguei

E hoje, ainda penso na revolução

Esperando pelo dia da sua explosão.


[30.09.2008]



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