A luz de uma vela
Incenso de Jasmim queimando
Estas linhas rabisquei deitada na cama
Sentimentos confusos ferviam
Amei estar contigo
Adoro ligar-me contigo
Tudo no meu corpo me impele para ti
Muito na minha mente me diz:
“V, cai fora... Ou cai de cabeça! É bom, mas tem sempre um mas...”
É desse MAS de que me quero afastar
Como uma sombra, o MAS me persegue
Quero-te sim...
Quero-te mais e com todos esses sinais proibidos
Quero-te mais que ontem
Quero-te com desejo, paixão e com a nossa alma
Quero-te sim, mas... E esse MAS...
Que fazer? Que pensar?
Vou continuar a querer-te,
De longe, no meu silêncio, nesse proibido apetecido
Até que um dia saiba se somos SIM ou NÃO.
Acto II
Tantas palavras trocamos
No meio delas subentendimentos deixamos
Sinais crescem
Dúvidas flutuam...
Incertezas são certas
Existe um querer? Sim!
Ou talvez não.
Talvez exista a ilusão do querer
A ilusão do proíbido tornar-se possível, tornar-se realidade
A ilusão de um querer de contos de fadas
Mas o querer... Esse querer é certo
Acto III
Receio tratar-te por amor, por paixão, por meu bem
Receio usar as palavras que melhor te descrevem
Que melhor me falam de ti
Palavras que são o teu ser
Tudo em mim e para ti
Direcciona-se nessas palavras e sentimentos
Sentimentos esses que me desnorteiam
Me fazem largar tudo para correr para ti
Que fazer?
Viver no meu silencio?
Será o silencio o meu melhor aliado?
Que fazer?
Só sei que me fazes muito bem
Acto IV
Não quero querer
Mas tudo em mim me impele para ti
Não quero querer
Não pelo teu eu
Pois o teu EU é lindo
E os sinais tem sido claros
Não quero esse querer proibido
Esse querer não querer
Esse querer tem um MAS
As circunstâncias de aceitar o querer têm falado
Muitas dúvidas se acordam em mim
Algumas incertezas vão-se tornando certas
Essas incertezas vou guardando
Travo lutas internas
Lutas que me fazem discar o teu número mentalmente
Número comprido, que o sei decór como o número do sapato que uso
Sou salva pelas circunstâncias
Mas, até quando?
Até quando continuarei nessa luta?
Acto V
Vou rabiscando poemas de temas outros
Vão saindo alguns versos
Uns com sentido, outros nem por isso
Sem sentido? Sim e sem rimas
Sem sentido? Não! Todos dizem o mesmo.
O mesmo? Sim o mesmo, de forma trocada e directa
Porquê? Porque sou perseguida por uma dúvida
A dúvida da certeza de te querer
Estarei apaixonada por ti?
Talvez sim... Talvez não.
Do talvez, só o amanha sabe
Viver nessa dúvida é terrível
Mas é o meu hoje.
[13.09.2008]
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