Governo quer "controlar" SMS’s e e-mails que "põem em causa" segurança de Estado
Maputo (Canalmoz ano 6 | número 1179 | 02 de Abril de 2014 por André
Mulungo) – Os autores de mensagens SMS ou e-mails considerados
"atentado" à segurança de Estado podem passar a ser responsabilizados
criminalmente. Para o efeito, o Conselho de Ministros reunido na sua 9ª
sessão ordinária aprovou uma proposta de lei
"que regula as transacções electrónicas, comércio electrónico e governo
electrónico", a ser submetida à Assembleia da República, para
apreciação.
{Transacções Electrónicas} »O artigo 9 do
Regulamento do NUIT (BR 52 Série 1 página 619, Decreto 52/2004 de 24/12)
obriga a menção do NUIT "nas operações praticadas em instituições de
crédito, seguradoras e demais entidades financeiras." Não entendo o que
querem fazer agora. Não é suposto esse decreto regular essas transacções
electrónicas?
{Comércio Electrónico} »O que querem controlar concretamente??
{Governo Electrónico} »Dizer que o governo e seus governantes são
corruptos, negligentes e péssimos gestores da coisa pública, é um
"atentado" à segurança de Estado ou é a verdade, visivelmente
comprovada, escriturada e registada a nível (inter)nacional?
{Pelembe não avança muito sobre as formas de sanção e responsabilização
dos "infractores". No entanto, assegura que "há multa$ que vão $er
e$tabelecida$ e que terão a ver com as penas relativas a outros crimes
similares."}
»Porque não admira, que em véspera de campanha
eleitora, se decide "lançar" uma lei que irá aplicar multa$ em caso de
não incumprimento, quando todos sabemos que ninguém irá cumprir??
{"Quem fizer transacções financeiras", como compra de carros e outros
bens "com recurso ao sistema electrónico de forma fraudulenta também
poderá ser processado juridicamente", explicou o ministro.}
»O
ministro irá processar-se, aos seus compares, ao PR, etc, por terem
importado um carro de forma fraudulenta? Para isso, deverá abrir um
processo crime para o governo inteiro.
»Porque não concluem a
política de informática e se cria uma legislação com
cabeça-tronco-membros sobre a informação digital em Moçambique? Não é
preciso pensar muito. Vai-se buscar o que já foi feito fora, e adapta-se
à nossa realidade.
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