♀ Ser Politicamente Correcta ♀

Queria ser cínica.

Queria ser hipócrita.

Queria ser falsa.

Assim não me preocuparia se ofendi ou não alguém... Simplesmente diria tudo o que as pessoas quizessem ouvir, rir-me-ia quando as pessoas quisessem, falava quando as pessoas quisessem. Estaria a ser o famoso, “ser politicamente correcta”. Não falar palavrões, não falar xixi ou cocó, agir como se “cagasse” sorvete de vanilla e blueberry com nozes e fios de chocolate ao leite e chocolate branco, etc. Anular-me para ficar bem aos olhos das pessoas.

Mas não seria EU!

O meu eu, sou verdadeira, sincera e directa. Chata, teimosa, preguiçosa e temperamental. Linda, inteligente, bem disposta e amorosa.

No meu eu, não me preocupo com a moda, mas sou vaidosa. Visto a primeira coisa que me vem a cabeça, de preferência com uns chinelos.

No meu ser e pensar, acredito que é preferível gerarmos a ira, o ódio em alguém, que deixarmos a pessoa destruir-se ao ficarmos de braço cruzados e boca fechada.

Chamadas de atenção, puxões de orelhas, discussões e até mesmo, rotura de amizades, são importantes para melhorar, qualificar as amizades, são sinais de preocupação e bem querer.

Ficar calado, e apático a auto-destruição alheia, com receio de não perdermos um amigo, é cobardia, hipócrisia, falsidade. É DESAMIZADE!

É sempre melhor fazer algo para melhorar, que não fazer nada e manter ou piorar a situação.

Fui educada a respeitar os outros e a vida. E a não viver em função do que os outros pensam de mim, mas saber tirar partido de todas as críticas que me fazem.

O meu eu sou eu.

Tudo o que vêem, tudo o que lêem sou eu.

No meu eu, só me rodeio de gente, sentimentos e pensamentos positivos. Por isso o meu número reduzido de amigos. Tenho poucos amigos, mas todos verdadeiros. Primo sempre pela qualidade e nunca pela quantidade.

No meu eu, não há espaço para o politicamente correcto.

Mas porque insistem em dizer que devo ser politicamente correcta???

OK! Assim seja! Serei!

Não, não serei. Sou sim... Mas sempre a minha maneira, dentro dos meus princípios.

[17.03.2008]