Dormi ao som da sinfonia da chuva
Acordei com aquele abraço da humidade
Acordei feliz, cantando chuva
E esperando frescas aragens
O dia apresentava-se cinzento
De chuva e sem luz
Entreguei-me as ruas, confusa
Da chuva, raros vestígios
Da chuva, só o chão molhado se via
Foi pura ilusão
Pois, cinzento permaneceu o dia
A luz, só de longe
Nas nuvens, o sol espreitava
Mostrando a sua grandeza e esplendor
Nem o vento me veio beijar a face
A humidade manteve-se agarrada ao meu corpo
Como se de um sanguessuga se trata-se
Consumindo cada gota da minha energia
Corri para varanda
Nela procurei nas copas das árvores alguma esperança
Procurei nas folhas um sinal de dança
As suas folhas permaneciam estáticas
O ar, continuava no seu estado vegetativo
E o sol... Ah! Esse fazia-se sentir cada vez mais forte
Que dia horrível
Que dia quente
Um dia abafado
Mais um dia de verão Sul Africano
[04.12.2008]
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