Wednesday 28 May 2008

∂ O Meu Anjo ∂

Manhã de domingo.

Cedo ergui-me.

A calmaria da cidade clamava por mim.

Olhando pela janela,

Tua pessoa avistei circulando no passeio.


Corri pra me banhar.

Numa pressa me vesti.

Aos tropeços desci os andares,

E na rua nada vi da tua pessoa.


De um lado e do outro, de ti nem sinal.

Nem sombra, nem cheiro ou rasto.

Num pim-pam-pum,

Decidi pelo lado contrário de meu pensamento.


Subi a avenida.

Caminhei por alguns minutos... De ti, nada vi.

Um desânimo tomava conta de mim.

Meus olhos choravam por ti.


Ao cimo da avenida,

Um aglomerado de pessoas olhavam os céus.

Sorrateiramente fui chegando,

Deixando a curiosidade me dominar.


Uma pergunta não calou e de mim fugiu: O que se passa?

Em uníssono responderam: É um anjo a voar. Estava aqui. Voou, disse que tinha que mostrar as suas asas ao seu Amor.

Incrédula olhei e vi uma luz branca bem forte com duas asas dominando os céus.

No chão, aquela pulseira cravada com o teu nome, brilhava.


Em lágrimas afastei-me...

Sem rumo e sem pensamento,

Deixei minhas pernas divagarem pelas longas avenidas.


Deambulei e pelas ruas chorei.

Dor não chorei...

De felicidade movi rios em mim.

Porque tua pessoa não vi, mas tuas asas vi...

E teu amor senti.


[28.05.2008]

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